terça-feira, 21 de junho de 2011

A Política Evita a Guerra?

     “A política é um meio de evitar a guerra”. Essa afirmação pode se configurada, desde que a tal política venha amparada por uma boa diplomacia. Tancredo neves disse que “não se faz política sem vítimas". Concordo. Mas aí é que entra a efetiva diplomacia para que a determinada situação não seja levada para uma ação mais contundente.
     Analisemos a situação atual da Líbia que tem como governo Muamar Kadafi, um ditador religiosamente radical, que de herói, para o seu povo, passou a ser vilão. Herói porque libertou o povo líbio da tirania de um monarca usurpador e extremamente retrógrado, Vilão porque com o seu radicalismo religioso priva o povo de liberdades inerentes ao globalismo. Logo a maior reivindicação do povo, segundo alguns apontamentos, não é melhores condições de vida; Até porque o povo, financeiramente, hoje vive melhor que o governo anterior que descaradamente era apoiado pelo EUA. Enfim, o problema, para o povo líbio, parece ser de questões morais.
     Agora vem a ONU, com o seu onipotente conselho e decreta intervenção. Em minha opinião é descabida essa intervenção. A diplomacia deveria ter sido mais atuante e mais explorada. E mesmo que não fosse possível, acho que intervenção de outros países, no território da Líbia, ainda não seria o caso. Penso que os conflitos internos devem ser resolvidos pela própria nação. Já imaginou se todo problemas interno de um país a tropa da ONU interviesse. A verdade é o seguinte, existem vários conflitos no mundo e nem todos a ONU faz intervenções travestidas de humanismo. Porque a ONU não se mete nos problemas de Israel e da Palestina? Outra verdade é que Kadafi, que não o defendo, pois suas maldades extrapolam as suas qualidades, se é que um dia teve... Ele simplesmente é uma espinha na garganta dos ocidentais. Logo, todos querem ver a sua caveira.
     Portanto, a política, que poderia amenizar a situação; a política como um meio de evitar a guerra, no caso da Líbia, parece estar em última instância para o conselho da toda poderosa e onisciente ONU. No que isso vai dar já imaginamos... Basta ver a situação atual do Afeganistão e do Iraque. E parafraseando Shakespeare: "Há mais mistérios e interesses nessas guerras que imagina a nossa vã filosofia".


Editado por: JULIO CESAR MACHADO DE SOUZA 



Colocou em debate uma questão que considero crucial nos dias atuais: a correlação das forças políticas na ONU, pois a instituição é, no meu entender,  um palco de representação dos interesses das nações mais ricas do mundo.
Seria a ONU uma entidade representativa dos interesses de toda a Humanidade? A correlação das forças políticas no órgão nos mostra que não, assim como a mesma indicação pode ser vista no seu texto, vide a situação da Palestina.
Sobre o caso da Líbia, será as pessoas do mundo inteiro querem as "liberdades inerentes ao globalismo"? Pelo que temos visto, a globalização também gestou muitos movimentos de resistência, pois a exclusão social sem precedentes acompanha o fenômeno de internacionalização das economias.
Caso queira, o debate poderá continuar, combinado?
Um abraço!
Professor Paulo

 Corpo docente: PAULO SERGIO DE OLIVEIRA em 1 de abril de 2011 às 22:36

     Pois é professor, como o sr. disse a ONU é representada pelas nações mais ricas do mundo. Mas também hoje,  principalmente, pelas mais poderosas belicamente. (Alemanha, Japão e Itália,  Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China e França) E agora
que o Brasil ostenta a 7ª economia mundial,  reivindica um espaço nessa cúpula da ONU, será que vai ter uma chance. Acredito que não, pois o Brasil vai contra os interesses da maioria do conselho.
     Eu creio que se for feito uma pesquisa mundial, as maiorias dos países vão mostrar que não se consideram bem representadas por este conselho, e que em sua maioria são  contra essa exposição armantista que     eles usam como poder de barganha.
     Sobre os movimentos socias ocorridos globalmente, em destaque no mundo árabe, creio ser consequência, parcialmente, de um acordar para uma nova consciência racional, e, ao  mesmo tempo, acredito também ser consequência de um  forte e poderoso  vento ocidental que visa "expansões". Por  isso  busca varrer o caminho para interesses estrategicamente econômicos. Más línguas" destacam que isso que vem acontecendo, no oriente, é um  um retorno as cruzadas. Creio que não... Sei que esse assunto ainda vai gerar muitas polêmicas, muitas injustiças, muitos fratricídios, muitas coisas ruins...
     Deixo aqui como reflexão e desejo a frase da grande altruísta Zilda Arns: A cultura da paz precisa ser conquistada".
      Abraços!!    
Editado por: JULIO CESAR MACHADO DE SOUZA em 26 de março de 2011 às 12:09



Agradeço pela sua nova intervenção, pois a postura de retornar ao fórum sinaliza abertura ao diálogo e comprometimento com o processo de aprendizado.

Depois da segunda guerra mundial, diante dos horrores da guerra, uma nova institucionalidade foi montada. A ONU é parte deste arranjo, hoje em crise, decorrência de transformações importantes no mundo ocidental, como a queda do socialismo real, a dissolução da URSS, o crescimento econômico de alguns países, etc.

É curioso, mas quando nos deparamos com o mundo  oriental, temos uma grande dificuldade de interpretar os acontecimentos, já percebeu? Os instrumentos científicos desenvolvidos nas ciências sociais foram uma  construção do ocidente, o oriente está desafiando a nossa imaginação teórica.
Caso queira deixar comentários adicionais, estou sempre à disposição para o debate teórico, ok?

Um abraço!
Professor Paulo



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