terça-feira, 14 de outubro de 2014

A Utilização do Payback no Mercado



     Ao pesquisar sobre o payback, ou o tempo decorrido para se recuperar um investimento, percebi que esse método é mais utilizado para avaliar pequenos projetos que envolvem recursos de porte menores. Pois há limitações em seus cálculos.
     Uma das suas limitações é o fato de que o payback não considera o valor do dinheiro no tempo, ao contrário do Valor Presente Líquido (VPL).
     Vou dar como exemplo, adaptado,  um cálculo que vi na internet, considerado o mais crítico para demonstrar as desvantagens do payback.
Exemplo:

PERÍODO (1 ANO)
PROJETO X
PROJETO Y


O momento do investimento
$ 10.000
$ 10.000


1
$ 4.000
$5.000


2
$ 4.000
$ 6.250


3
$ 4.000
$ 0


4
$ 4.000
$ 0



Supondo que um investidor considere um período de payback menor ou igual a 2 anos. Observe que os 2 projetos demandam investimentos de $10.000.
Fazendo o cálculo:
Payback do projeto X = 2+ $ 2.000/ $ 4.000= 2,5 anos.
Payback do projeto Y= 1+ $ 5.000/ $6.250 + 1,8 anos. (mais viável) *

Segundo o critério do payback o projeto X seria recusado e o projeto Y seria aceito.

Mas será que essa é realmente a melhor decisão?
Vamos imaginar que custo do capital investido nestes projetos seja de 10% e vamos calcular o VPL:

VPL X = -$ 10.000 + $4.000     +       $4.000          +        4.00          +      4.000            =
                                      (1+0,10)          (1+0,10)²            ( 1+0,10)³        (1+0,10)4
   
VPL X = $2.679,46


VPL Y  =  -$ 10.000   +    $5.000    +    $6250         =
                                          (1+0,10)       (1+0,10)²

VPL Y =   -$289,25

Observe:
(*) VPL do projeto Y, que foi escolhido pelo critério payback, é negativo. Isto significa que este projeto reduz o valor do capital dos acionistas.

Por sua vez, o VPL do projeto X foi de $2.679,46, e que foi recusado pelo critério do payback, é um projeto que aumenta a riqueza dos acionistas.
O payback “empurra” a preferência dos investidores para projetos de retorno mais rápido, enquanto a preferência deveria recair sobre os projetos de mais valor agregado para o acionista.
Ao não considerar o valor do dinheiro no tempo o payback pode nos induzir a aceitar projetos que na verdade valem menos do que os investimentos.

      Mas, o payback apesar do problema apresentado, pode ter suas vantagens. Algumas empresas  utilizam o payback com frequência. Possivelmente pela facilidade de se entender o seu conceito. Também pelo fato de que, para muitos projetos, o custo da analise seria muito superior a um eventual erro ao se adotar um projeto, portanto, muitas empresas adotam o payback para pequenas decisões de investimentos.
      Enfim, o payback ao privilegiar os fluxos de curto prazo, acaba privilegiando a liquidez. Enfim favorece a liberação de recursos para outras aplicações mais rapidamente. Esta característica pode ser importante pára empresas menores.
    

Acesso em 31 de março de 2014.

Payback ( Uma das Ferramentas de Análise da Economia Financeira)

      O payback, a princípio, parece ser uma ferramenta de estimativa prática, simples de calcular, e, viável em complemento com outras informações e métodos de análise financeira. Mas quando se trata de fazer prognóstico, as coisas não são tão simples assim para um administrador.  Ainda mais quando ele está lidando com investimentos de terceiros. Tem uma frase do Joelmir José Beting (1936-2012), jornalista e sociólogo, que diz o seguinte: “em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente.”
    Partindo dessa máxima, analiso que, o administrador tem uma grande tarefa que não é apenas um projeto bem planejado e simplesmente fazer apostas em sua tomada de decisão. Ele tem que estar atualizado com o que está acontecendo no momento, no mundo econômico-financeiro-social, assim como um todo. Análise ambiental tem que ser um processo contínuo, visto que as mudanças é a única coisa certa. Logo, buscar entender o presente com suas nuances e adversidades é primordial antes de encarar qualquer investimento que, por mais seguro que possa parecer, sempre terá a sua margem de riscos.
     Enfim, a viabilidade de um retorno positivo, o prazo de recuperação do capital investido, requer muito mais que uma simples análise e cálculo que prediz o retorno de tal investimento. O payback tem que ser visto como sendo mais um instrumento de uso econômico-financeiro que auxilia o sujeito administrativo na captação de maximização de lucros e riquezas organizacionais. Pois dentro de um processo de negócios a realização  de análise de planejamento, há outras ferramentas e desafios para o profissional da área de administração.


Fonte de Pesquisas:  http://estacio.webaula.com.br (aulas online 1 e 2 de Administração Financeira);
http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/Conteudo/Analise-de-Viabilidade-Economica;