As
principais ferramentas da filosofia é razão e a intuição fundamentadas na contemplação,
no deslumbramento pela realidade, na vontade de conhecer, e como método
primordial a rigorosidade do raciocínio para atingir a estruturação do
pensamento e a organização do saber. Destarte, é possível analisar a diferença
entre a filosofia ocidental e oriental.
No que diz respeito à filosofia ocidental,
pode-se dizer que ela é mais criteriosa no sentido da especulação racional, já
a oriental há um sentido intuitivo, um quê de ascetismo que em muitos casos são
considerados como doutrinas teosóficas e não como um sistema filosófico. Mas
ainda que venha ser um pensar teosófico, não se pode ignorar que as religiões,
como exemplo a cristã, se vale de pensamentos filosóficos para dogmatizar o seu
modo de agir e pensar.
A questão é basicamente a definição do que
vem a ser a Filosofia e suas características principais, que da maneira como é
colocada pelos acadêmicos ocidentais que de fato exclui a Filosofia Oriental.
Mas nada impede que se considere Filosofia num conceito mais amplo.
Num breve resumo, a filosofia Ocidental tem
como base a Filosofia antiga do século VI aC até VI dC; a era dos
pré-socráticos, os filósofos da natureza, os Atomistas, os sofistas, de
Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Plotino, etc. Esses filósofos
simplesmente construíram toda a estrutura de nosso conhecimento ocidental... Tudo o que temos hoje se deve, em grande parte, ao progresso promovido pelos
gregos antigos,
A filosofia Oriental, embora não seja aceito como Filosofia
pela maior parte dos acadêmicos, o pensamento produzido no Oriente,
especificamente na China e Índia por Budistas e Hinduístas, possui algumas
qualidades equivalentes a da Filosofia Ocidental. Sem dúvida a Filosofia
Oriental é mais Intuitiva que a Ocidental, e menos Racional, o que contribui
para sua inclinação mística e hermética. Mas não se pode negar os paralelos que
esta possui principalmente com a Filosofia Antiga.
Ambas surgiram por volta do século VI aC,
tratando de temas muito semelhantes e há de se considerar que Grécia e Índia
não são tão distantes uma da outra a ponto de inviabilizar um contato. Mesmo
assim, a grande maioria dos estudiosos considera que não há qualquer relação
entre os Pré-Socráticos e os filósofos Orientais. O que na realidade, pouco
importa. O fato é que assim como Ciência, a Arte e a Mística, a Filosofia
sempre existiu em forma latente no ser humano e há de se respeitar e buscar
conhecer a razão pela a maneira de pensar de cada indivíduo ou de um pensar coletivo.
A ética cristã tem como base a bíblia. Logo
possui elementos distintivos em relação a outros sistemas. Pode ser resumido no
que o teólogo Emil Brunner declarou onde diz que a ética cristã é a ciência da
conduta humana que se determina pela conduta divina. Os fundamentos da ética
cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas
como a revelação especial de Deus aos seres humanos. De certa forma isso me faz
lembrar Honoré de Balzac (1799 — 1850) no seu livro
“Ilusões Perdidas”, um de seus personagens, um padre, diz que a moral, objeto
de estudo da ética, começa na lei, e, conclui, se apenas se tratasse da religião,
as leis seriam inúteis...
A ética moderna é considerada mutante.
Visto que ela passa a ser racionalista ao se adequar a filosofia moderna,
fundamentando-se na razão humana. De acordo com Immanuel Kant (Kant (1724 — 1804),
a razão é universal e não individual. Ele defende uma sociedade que deve obedecer
a normas morais estabelecidas. A ideia do Kant consolida a moral como lei;
torna as mesmas como obrigação. Pois necessitamos viver bem em sociedade, onde
há diversas pessoas que diferem pensamentos uns dos outros, surge então o
comprometimento do dever, o que obriga o indivíduo colocar a felicidade em
segundo plano. Enfim, vive-se na razão, mas há um controle que regula esta
razão, do contrário viveríamos em conflitos de natureza mais exacerbada. Ao
longo do tempo, o pensar kantiano, terá algumas sérias críticas.
A ética contemporânea teve seu início em
meados do século XIX, devido às mudanças que a evolução da ciência provocou na
humanidade, descobrindo ferramentas que curam e doenças que torturam... E foi
dentro de um universo de possibilidades que o novo pensamento ético nasceu e começou a contestar o racionalismo
absoluto, e assumir a existência de uma parte inconsciente em todos os homens. As
principais correntes dessa Ética Contemporânea são: O Existencialismo, o
Pragmatismo, a Psicanálise, o Marxismo, o Neopositivismo e a Filosofia
Analítica.
A ética na contemporânea se desdobra numa
série de concepções distintas no que tange a moral e seu alicerce. Seu ponto comum é
a recusa de uma fundamentação exterior, transcendental para a moralidade. Centra no homem
concreto a origem dos valores e das normas morais.
Um dos primeiros a formular a ética do
homem concreto foi Hegel (1770 —
1831). Aliás, Hegel criticou a ética kantiana por:
• não levar em conta a história e a relação do indivíduo
com a sociedade.
• não apreender os conflitos reais existentes nas decisões
morais.
• considerar a moral
como questão pessoal, íntima e subjetiva na qual o sujeito decide
entre suas inclinações e razão.
Em
suma, A ética contemporânea está diante de uma roupagem individualista, com
algumas exceções é claro, onde o indivíduo, motivado pela febre do capitalismo
consumista, está se preocupando mais em ter do que ser. E esse ter
ou obter, por vezes, extrapola
os valores, inverte a moral vigente. Por isso, é racionalmente necessário, que
as organizações, como um todo, comecem a preconizar, o quanto antes, a
disciplina da ética em seus recintos.
Fonte
de adaptação:http://www.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/9/erica.pdf;
filosofanfoff.files.wordpress.com/.../etica-contemporanea-pp2003.ppt -
http://pt.scribd.com/doc/56983099/6/A-CRISE-QUE-NORTEIA-O-COMPORTAMENTO-HUMANO
gostei::::::::::::::::::::::
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